domingo, 27 de janeiro de 2008

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Tem dias que sinto dor
Dores que não se explicam
E em tudo encontram ressonância
Tem dias que sinto não caber em mim
Como se uma força, alguma coisa pedisse passagem
Algo indomável... querendo vida
Penso estar parindo a mim mesma
Ou a uma estranha, dentro
Que de mim quer tudo
E de mim nada leva
Tem dias que tudo é cor
O Sol, a Lua e as estrelas
Todos me falam
Todos em mim têm voz
No vento o perfume e a lembrança
Na realidade que independe de mim
Os sonhos são apenas frações de uma passagem
Breve, rápida e ao mesmo tempo eterna
E como tudo em mim, sem nenhuma explicação
Tem dias que tudo é estranho
As ruas, as pessoas e lugares
Sinto-me só
Ainda que saiba ser essa a maior das ilusões
E a mais triste das realidades
Perceber que não se sabe Ser
E entender que É sempre!
Assim seguem os dias...
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

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Nas entranhas de meu Ser
Carrego as dores e alegrias da existência
Saudades, horrores, lágrimas e amores
Tudo em mim é vivo
Tudo de mim tem voz

Na loucura dos deuses
Minha própria consciência se confunde
Alterando euforia e melancolia
Sonhos com a realidade

Nas entranhas de meu Ser
Tudo que fui, sou e serei
Na loucura dos deuses
A própria força do existir

Onde Sou?
Deuses, loucos, santos e normais
Todos em mim
Todos no tempo presente

Nos tempos de minhas vidas
O infinito que habita
Traz a dor do que morre
E a esperança do que quer viver

Tudo coexiste no caos interior
Onde o Ser encontra espaço
Criando sempre novas possibilidades
Naquilo que se chama, vida

Morrer, viver, morrer e viver novamente
Assim Sou, todos os dias
Nas entranhas de meu Ser
Na Loucura dos deuses

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domingo, 20 de janeiro de 2008

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Síntese




Autoexplicativo
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domingo, 13 de janeiro de 2008

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Maia...


No mundo de Maia
Quantos véus à descobrir!
Que ilusões ainda me habitam?
Em que realidades existo?

Das perguntas sem resposta
Nos caminhos sem Lua
O que se oculta?

Maia, deusa da Inconsciência
dos segredos e mazelas humanas...
Quanta ignorância meu corpo abriga?
O quanto mais ainda sou capaz de suportar em minha vida?

Maia deusa da Consciência
Deixe-me ver sua face
Ainda que não seja o céu!

Maia, deusa da Verdade
Conta-me as mentiras que criei
As alegrias a que não me permito
E as dores que insisto em não chorar
Conta-me teus segredos,
tuas virtudes e teus silêncios

Maia, deusa da Ilusão
Somos todos teus filhos
Tateando cegos,
diante de teu breu
O que tens de mim?
O que tenho que é teu?

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