sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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Meu amor não tem forma, tem vidas.
Meu amor não tem nome, tem mundos.
Meu amor não tem destino, é o próprio caminho.
Meu amor não tem prisões, possui as chaves da libertação.
Meu amor não tem pressa, existe por si.
Meu amor não tem ilusões, é o princípio da verdade.
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

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Há tantas coisas na mente, mas as palavras continuam perdendo-se do caminho das mãos, entraram por alguma rota estranha, ou apenas aguardam o momento de maturação.

Muitas foram as palavras que escrevi e apaguei que temo ter acabado com toda possibilidade de entendimento...

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domingo, 14 de setembro de 2008

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Sabia-se filha dos cosmos e, no entanto, sem pátria alguma... a existência e suas vidas, um começo sem fim de universos, que se interpenetravam, interagindo uns com os outros no caos interior. Não entendia como algo nefasto ou assustador, apenas era o que era... suas explicações não cabiam na mente.


Como construir a unidade nos diferentes infinitos? Como ordenar o que por natureza é caos? Precisa-se construir ou apenas aprender a ser fluído e fluídico em seus próprios infinitos, aprender a navegar em si mesmo? As perguntas também não lhe cabiam na mente e nem ela pretendia que assim fosse.
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

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Ela esperou que o dia chegasse... o momento em que Ele conseguiria ver a razão dos infortúnios pessoais... Muitas coisas aconteceram, tudo parecia ser óbvio, mas o era apenas para Ela.As palavras de sua boca (dEle) saiam sem consistência, já não tinham razão de ser e mesmo Ele o percebeu, ainda que sem entender por que não possuíam o peso habitual... Ao final, as máscaras foram re-colocadas e tudo não passou de um engano.A verdade estava ali, bem diante de seus olhos, Ela não podia deixar de ver... Tudo era como sempre fora... Apenas para Ele.
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sábado, 6 de setembro de 2008

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As palavras me sopram aos ouvidos... perderam-se no caminho das mãos...

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

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Não quero fazer sentido ou ter explicação, quero apenas ser o que sou, sem pedir desculpas por isso. Estar feliz sem nenhum motivo e me sentir perdida ainda que conheça exatamente minha localização.




Tudo que é exato não me pertence, prefiro viver no caos interior que ser normal e classificável... Não gosto do teatro dos egos... personalidades sempre se debatem no raso. Quero os mundos que se misturam em mim mesma, ainda que não consiga tocá-los... prefiro a loucura de quem experimenta e erra, fragmentando-se em mil pedaços, do que aquele que viveu sonhando sem nunca sair do lugar.


Preciso de minhas ferramentas e liberdade de expressão, prezo tudo que me constitui... sou consciente de minha condição, de quem sou e do que devo construir, não quero perder tempo com os cegos que enxergam, ou com os surdos que ouvem, apenas porque a verdade lhes dói ou seus corpos não estão prontos. Pronta, estou eu, para viver e voar... porque insistem em podar minhas asas, como se a elas não fosse facultado o poder de renascer?!

Quem pensa que sabe deveria se esforçar mais, colocar lentes de aumento e deixar-se flutuar no cosmos, então entenderá que tudo é muito maior do que já fora escrito e que ninguém, nada, por mais que atrapalhe, pode apagar os traços da antiguidade. Essa antiguidade não é amorfa ou caduca, mas sabia e resistente, traz em si a poeira e os trapos daqueles que não possuem mais corpos, mas que resistem a inconsciência, a ignorância e a disputa de egos.


Hoje eu só quero dizer: ai... ai...

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