domingo, 26 de abril de 2009

máscaras sociais = conveniências


Quando realmente seremos livres? Quando seremos capazes de ter uma sociedade aberta, franca, que inclua as diferenças e os diferentes... valorize as excelências de cada um e não mais nos condene a igualdade com rótulos de normalidade espalhados pelo corpo, nas marcas que vestimos e usamos que determinam o poder aquisitivo... dividem e selecionam pessoas em grupos formando as velhas castas de maneira velada e silenciosa...

Quando começaremos a valorizar o interno, o dentro de cada um? Quando será possível olhar o outro com aceitação e entender que o conjunto do que somos é o que forma a chamada HUMANIDADE?

Dependemos uns dos outros, estamos interligados em infinitas redes... negar o outro é negar algum aspecto de si mesmo...

Quando a verdade será a base da sociedade e não mais as conveniências e as idéias medíocres de certo e errado, de bem e de mal? O que se aceita e rejeita, o que entende, negando tudo que desconheça, como se pelo fato de ser ignorante de alguma coisa faça com que deixe de existir e ter consistência... O que não se sabe só deixa de ser acessível e real àquele que desconhece... Como julgar o que se ignora?

Chega de máscaras, de conveniências... Quero verdades!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

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terça-feira, 14 de abril de 2009

definições

(...) há vírgulas soltas em diferentes frases inacabadas... palavras que nunca te disse... segredos que guardo no dentro...

pontuações e tempos verbais são difíceis para quem é tão abstrato...

...não existem dois silêncios iguais.

domingo, 12 de abril de 2009

des-velando-me


Sou multidões, diferentes mulheres habitam meus corpos... misturo-me aos elementos recriando formas, épocas e mundos... se o vento acompanha o sol sou meio mulher, meio serpente... se chove, sou a água misturando-se na terra regando minhas próprias raízes, a mulher lenha, nutrindo e gerando a mim mesma... se o solo se resseca sou a velha de dez mil anos, meio insana, meio sábia, que lê entre as fendas o destino dos homens... as horas passam e passam e eu mudo constantemente, meio ocidental mais oriental... nas noites sem lua sou mágica e feiticeira, quando a lua está plena é como se não coubesse em mim, meio loba, quase humana...

Existe uma inquietação latente e pulsante, mostrando que há mais a ser descoberto logo ali... parar não me é permitido e não poderia ser diferente... tenho fome de conhecimento, sede de paixões, de toques mágicos e intensos que rompem os sentidos indo além e além... quero mais de mim o tempo todo.

Meus desejos são tão complexos quanto meus habitantes... há momentos que quero uma tenda e que nada me impeça de ser feliz... em outros quero apenas a solidão por companhia, poder olhar para o céu e admirar as estrelas, seus desenhos e luminosidades... (só quem já andou pelo deserto sabe o valor que elas possuem)

Tem dias que quero levantar acampamento e me perder por aí, sem rumo, sem destino... em outros quero um porto seguro e braços fortes onde possa me enroscar e simplesmente dormir... sem medos, sem sobressaltos...

Apesar de muitas, ainda não me basto e tem dias que simplesmente me desconheço, como se alguma coisa esperasse por ser descoberta ou re-construída... reinventar-me pode ser dolorido, ainda assim é o que melhor sei fazer...

O Norte é sempre o mesmo... e ainda que não possa me definir através das palavras e orações sei para onde estou indo e o que me guia está bem aqui... meu coração.

sábado, 4 de abril de 2009

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...caminho entre interrogações buscando dar a elas um ponto final.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

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As vendas são minhas?

Quando se tem a possibilidade de fazer tudo diferente porque se escolhe fazer igual, repetir as mesmas construções? O tempo mostrou que eram frágeis... porque repetir!? Difícil tomar posição? É sim, saber dizer não, fazer escolhas que vão além do fator econômico, que encontram ressonância em alguma coisa maior e dentro, no dentro. Saber, confiar, acreditar que é possível construir o diferente e agir de acordo com isso. Como eu posso não ver? Será que de tanto ver gastei a visão, congelando-a em uma fração de segundo onde as cenas repetem-se infinitamente... será que sonhei?