domingo, 27 de janeiro de 2008

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Tem dias que sinto dor
Dores que não se explicam
E em tudo encontram ressonância
Tem dias que sinto não caber em mim
Como se uma força, alguma coisa pedisse passagem
Algo indomável... querendo vida
Penso estar parindo a mim mesma
Ou a uma estranha, dentro
Que de mim quer tudo
E de mim nada leva
Tem dias que tudo é cor
O Sol, a Lua e as estrelas
Todos me falam
Todos em mim têm voz
No vento o perfume e a lembrança
Na realidade que independe de mim
Os sonhos são apenas frações de uma passagem
Breve, rápida e ao mesmo tempo eterna
E como tudo em mim, sem nenhuma explicação
Tem dias que tudo é estranho
As ruas, as pessoas e lugares
Sinto-me só
Ainda que saiba ser essa a maior das ilusões
E a mais triste das realidades
Perceber que não se sabe Ser
E entender que É sempre!
Assim seguem os dias...
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