Ainda que a correria dos dias quase a engolisse podia ouvir uma música que ecoava ao longe em meio a seus pensamentos. Decidindo descobrir do que se tratava, resolveu prestar atenção ao que ouvia. Fechou os olhos e deixou-se ir em direção as notas.
Aos poucos foi perdendo a noção de seu corpo, não sentia mais o peso de sua carne.
Ela misturou-se ao som deixando-se ser embalada pela melodia. O ritmo oscilava, ora estava calmo e sereno, ora sentia como se estivesse sendo jogada de um lado para o outro.
Entregando-se mais um pouco ao momento, seus sentidos já não mais lhe pertenciam. Deixou-se ir cada vez mais fundo até que sílabas, abafadas pelo som, começaram a formar frases inteiras legíveis ao ouvido. A canção possuía sua letra.
De início não se deu por conta do que estava a ouvir apenas deixava-se flutuar seguindo o ritmo e a melodia.
Então tudo começou a ficar mais agitado, como se as notas atropelassem umas as outras desfigurando a canção em estranhos ruídos, altos e estrondosos. Uma grande agonia tomou conta do ambiente consumindo todo o oxigênio existente, Ela não mais podia respirar... ficou ali, quase a desmaiar, entre a vida e a morte.
Por fim, o ritmo e a melodia se restabeleceram e uma voz com tom de eternidade fez-se ouvir. A voz cantava os dias de sua vida. Momentos de calmaria e de grandes tempestades eram traduzidos em notas e oitavas, formando seus próprios refrãos de acordes.
Entregue que estava ao momento, nada podia fazer a não ser deixar-se flutuar em sua própria canção. Ela dançou... Morreu inúmeras vezes, de rir e de chorar, viveu sempre por amor e ser capaz de amar...
Depois de alguns minutos tudo acabou. O silêncio se fez presente. Ela estava exausta, como se não coubesse em si a própria vida. Ainda tonta de tantos rodopios, saltos e quedas, sentou-se em um canto da sala. A mente estava vazia. O corpo dormente.
Mais alguns minutos se passaram, até que ela conseguisse restabelecer o raciocínio.
Ela entendeu que toda uma vida pode ser representada em uma canção e que a Existência é como um grande e infinito concerto.
Ainda atordoada com que acabara de vivenciar, percebeu que apesar de ouvir sua própria canção, dançar seus reveses e conquistas, não sabia dizer ao certo quem construíra os arranjos de sua vida.
Apesar de conhecer suas limitações e dificuldades decidiu que estava na hora de tentar.
Ela passou a compor, escrever e arranjar sua própria canção.
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Aos poucos foi perdendo a noção de seu corpo, não sentia mais o peso de sua carne.
Ela misturou-se ao som deixando-se ser embalada pela melodia. O ritmo oscilava, ora estava calmo e sereno, ora sentia como se estivesse sendo jogada de um lado para o outro.
Entregando-se mais um pouco ao momento, seus sentidos já não mais lhe pertenciam. Deixou-se ir cada vez mais fundo até que sílabas, abafadas pelo som, começaram a formar frases inteiras legíveis ao ouvido. A canção possuía sua letra.
De início não se deu por conta do que estava a ouvir apenas deixava-se flutuar seguindo o ritmo e a melodia.
Então tudo começou a ficar mais agitado, como se as notas atropelassem umas as outras desfigurando a canção em estranhos ruídos, altos e estrondosos. Uma grande agonia tomou conta do ambiente consumindo todo o oxigênio existente, Ela não mais podia respirar... ficou ali, quase a desmaiar, entre a vida e a morte.
Por fim, o ritmo e a melodia se restabeleceram e uma voz com tom de eternidade fez-se ouvir. A voz cantava os dias de sua vida. Momentos de calmaria e de grandes tempestades eram traduzidos em notas e oitavas, formando seus próprios refrãos de acordes.
Entregue que estava ao momento, nada podia fazer a não ser deixar-se flutuar em sua própria canção. Ela dançou... Morreu inúmeras vezes, de rir e de chorar, viveu sempre por amor e ser capaz de amar...
Depois de alguns minutos tudo acabou. O silêncio se fez presente. Ela estava exausta, como se não coubesse em si a própria vida. Ainda tonta de tantos rodopios, saltos e quedas, sentou-se em um canto da sala. A mente estava vazia. O corpo dormente.
Mais alguns minutos se passaram, até que ela conseguisse restabelecer o raciocínio.
Ela entendeu que toda uma vida pode ser representada em uma canção e que a Existência é como um grande e infinito concerto.
Ainda atordoada com que acabara de vivenciar, percebeu que apesar de ouvir sua própria canção, dançar seus reveses e conquistas, não sabia dizer ao certo quem construíra os arranjos de sua vida.
Apesar de conhecer suas limitações e dificuldades decidiu que estava na hora de tentar.
Ela passou a compor, escrever e arranjar sua própria canção.
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2 comentários:
O que eu posso dizer! Está perfeito como sempre... claro... a nossa canção, os acordes e refrãos que construímos através de nossas escolhas, do que somos capaz de realizar... e a existência... longo concerto.
Adorei.
Te amo. Obrigada.
Beijocas
Ah esse post autobiográfio (não tem mais hífen, né?) é LIIIIIIINNNNNDOOOOOO! ;DDD
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