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Vamos rodopiar e cantar;
Mas onde, onde amarraremos a corda?
Filhas de Nyx, a deusa da Noite, ou de Erda, a Mãe Terra, elas são chamadas Moiras ou Erínias ou Nornas ou Hécate de três faces, assim como são três em forma e aspecto as três fases lunares. A promissora fase crescente, a fértil cheia e a sinistra fase minguante da Lua representam, na imagem mítica, os três aspectos da mulher: a solteira, a esposa fértil e a anciã estéril. Cloto tece o fio, Láquesis mede e Átropos corta-o, e os próprios deuses estão limitados por essas três, por terem sido originados da incipiente Mãe Noite, antes que Zeus e Apolo trouxessem dos céus a revelação do eterno e incorruptível espírito humano.
A roda (do universo) gira sobre os joelhos da Necessidade e, na parte superior de cada circulo, se encontra uma sereia, que gira com eles, entoando uma só nota ou tom. As oito juntas formam um todo harmônico e, em volta, em intervalos iguais, há um outro grupo de três sereias, cada qual sentada no seu trono: as Parcas, filhas da Necessidade, que vestem túnicas brancas e usam uma coroa na cabeça .
A intricada visão geométrica do cosmo, de Platão, com a Necessidade e as Parcas entronizadas no centro que tudo governa, encontra eco no Prometeu acorrentado, de Esquilo:
Coro: Quem dirige o leme, então, da Necessidade?
Prometeu: As Parcas de três aspectos, as inesquecíveis Erínias.
Coro: Será Zeus, então, mais fraco em seu poderio do que elas?
Prometeu: Nem sequer Ele pode escapar àquilo que foi decretado.
E o filósofo Heráclito, nos Fragmentos cósmicos, declara com menos ambigüidade do que o habitual:
O Sol não ultrapassará seus limites; se o fizer as Erínias, servas da Justiça, o desmascararão.
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